
Foto de Oscar Lozoya
Para muitos a noite é madrinha,
E a penumbra desejos enfeitiça,
Os amantes esconde e acarinha,
Desejo que o próprio sol cobiça.
Para outros a noite é madrasta,
Receio da sombra faz-nos refém,
O mal que ronda e nos arrasta,
Leva-nos por vezes para o além.
A noite tão cândida e meretriz,
Breve, quente, penosa, depende
Do palco, do actor ou da actriz,
Para uns revela-se a mão sombria,
Para outros será um véu ardente,
A noite tudo será sem demagogia.
2 comentários:
Bonitos poemas.
A noite tem outro encanto...
Beijo
Enviar um comentário