quarta-feira, setembro 04, 2013

Sinto em mim, suspiros de mocidade,

Sinto em mim, suspiros de mocidade,
E nesse sopro, engano a realidade,
Sem mágoa, sinto o vento da saudade,
Hoje encarcerada, outrora em liberdade.

Já não tenho tantos diamantes
Troquei-os por sôfregos instantes,
Em lindos amanheceres e tardes saudosas,
Cheiro de capim e orvalho, amor e rosas.

Poucos dissabores carrego, todos com ternura,
Isto de grandes amores pouca gente segura,
Sinuoso o caminho nesta esfera vasta,
Mesmo que desfaleça, tenho tudo o que basta.

Apenas alguns lamentos que não são mesquinhos,
De momentos proveitosos que não foram caminhos.

Marco Magalhães

terça-feira, setembro 03, 2013

Existem momentos onde a luz vence a escuridão,

Existem momentos onde a luz vence a escuridão,
Quando o meu Eu se entrega à peregrinação,
Viajando pelas ruas da vida vestida de calçadas
Redescubro odores e sombras petrificadas.

Imaginários mortos, vestidos a rigor,
Outrora donos de um grande vigor,
Murmuram ecos de grandes ilusões
Que se dissipam nas presentes visões.

Sinto o cheiro daqueles incensos puros,
Quando me abrigo nos teus olhos escuros,
Transformam o instante em eternidade
E todo o sentir num mar de saudade.

Porque me rodeias assim de rompante,
Se não te tenho nem por um instante.
Apenas uma vaga sombra na memória,
Mas isso agora, é outra história.

Marco Magalhães

sábado, agosto 03, 2013

Quando Danço, faço amor contigo,

Quando Danço, faço amor contigo,
Transcendemos sonhos e anseios
Sinto um frisson abaixo do umbigo
Deleito-me no calor dos teus seios.

A música convida ao deleito,
O Som transforma-se em cetim,
A luz acaricia-nos sem fim
Num mágico espaço perfeito.

Os beijos de chocolate quente,
Derretem línguas guerreiras,
Vencem todo tipo de barreiras,
Só para dizerem: Presente.

E consomem o convite no leito
Aveludados num gesto perfeito.