sexta-feira, julho 28, 2006

Tempestade de amor

Fora atraído pela tua humidade,
Esse teu estado leva-me à loucura.
Sinto-te a milhas, minha saudade,
De ti sinto fome, minha frescura.

Toque Mágico, dos dedos de seda,
Electrifica-me, faz-me fervilhar,
Desse desejo abismal, e da queda,
Que brevemente iremos partilhar.

A minha boca desbrava a tua flora,
O teu corpo não se cala, implora,
Grita, contorce-se em cada gemido,

Prazer sentido, de lábios a lábios,
Antigos segredos d'outrora sábios,
Deleitados num clímax engrandecido.



Foto de:
X.Maya

quarta-feira, julho 26, 2006

Meu Amor...

Amor, é a palavra que me ilumina,
Quando sussurrada junto ao ouvido,
Coreografia de lábios que domina,
Incendeias minh'alma, sou vencido.

Teu toque, consome-me num segundo,
Rouba a razão, fico sem orientação,
Estremeço de novo, abalo o mundo,
Resistir? Insensatez, esforço vão.

Sinto como este amor me apetece,
Dos momentos em que me enlouquece,
Nos encontros de prazer ardente,

E sofregamente a ti me entrego,
Nada mais vejo, por ti sou cego,
Ardo amor, por amar-te eternamente.




Foto de:
Piotr Kowalik

domingo, julho 23, 2006

Amando-te...

Percorro cada recanto de teu corpo,
Acabando sempre por me perder, em ti
Fico zonzo, sem rumo, um pouco tropo,
Do cheiro perfumado, do prazer, de ti.

Inclinas-te, para receber o prazer,
As pernas facilitas, desejo permanece,
Tua entrada acolhe-me, sinto-te gemer,
Deslizando entre nádegas, desaparece,

Num vai e vem, como sendo interminável,
Cresce o prazer de forma inexplicável;
Tumultos já pressinto, vindo devagar,

Chega a felicidade que te contorce,
O prazer infindável que nos retorce,
Meu amor, só tu assim, me sabes amar.



Foto de:
Natasha Gudermane

quinta-feira, julho 20, 2006

Maravilhosa Gail...

Acordo-me de um estranho despertar,
Toco-te tantas vezes sem te alcançar,
Sinto-te constantemente sem te ter,
Deixas-me a paixão n'alma a ferver.

A barreira ergue-se, de tal jeito,
E no diminuto tempo, a dor no peito,
Rasgando o corpo para se libertar,
Desse meu desejo por se realizar.

Mas a tristeza e a saudade maldita,
Desta nossa vida ninguém ressuscita.
Como é possível continuar a viver?

Trago em minh'alma o sentir frustrado,
Por nunca te ter tido ao meu lado,
De não poder amar-te antes de morrer.



Foto de:
Gavin O'Neill

terça-feira, julho 18, 2006

Esperando...

Multidão, essa mancha cinzenta,
Nada fixo nesse mar de gente,
Como formigas, de passos sedenta,
Trazem o mundo, que não se sente.

Emerges, alma grita, fico rouco,
Dessa tempestade de mar que cega,
Zumbidos erráticos, a paz me nega,
E que pouco a pouco me deixa louco.

Tudo por dois dedos de conversa,
Onde o tempo deixa de ter pressa,
Colocar a tua mão em minha alma,

E sentir o amor e a paz sem fim,
Por finalmente te ter junto a mim,
Muda a tempestade em onda calma.



Foto de:
Carla Maio

segunda-feira, julho 17, 2006

Querida Súlia...

Súlia, tua boca, fonte endiabrada,
Ainda tenho no corpo a marca deixada,
Dessa muda língua, que tanto arfava,
E quando deslizava sulcava danada.

Ouve meu coração descompassado,
Corre, como um demónio enlouquecido,
Bate, como um batuque desenfreado,
Vai gritando por teu amor aquecido.

O teu corpo sarapintado de cores mil,
Esperando ansiosamente o pincel febril,
Nas lânguidas horas crescendo d'ardor.

Lindo o quadro pintado sob arquejos,
Dançado com movimentos de desejos,
Consumindo em silêncio nosso amor.



Foto de:
Floris Andrea

domingo, julho 16, 2006

A minha amiga Inês

A tomar conta da sobrinha,
Estava a minha amiga Inês,
Ao fim de semana, todo o mês,
Trata de uma bébé bonitinha.

Em sua mão uma rosa tinha,
Estendida para todos verem,
Cheirosinha e vermelhinha,
Por sua ser, valia umas cem.

Talvez aqui não se encontre,
Fico eu sem saber, ou aonde,
Pois... sempre me responde.

Finalmente, ela vem me atender,
E disse... passara uma eternidade,
A bébé, tinha ido adormecer.



Foto de:
MIchel Craipeau

sábado, julho 15, 2006

Sou teu prisioneiro.

O teu ser, o vento acariciava,
Erguia torres em tuas naturezas,
O doce mel sobre as maciezas,
Que minha língua serpenteava.

Minhas mãos, por ti aprisionadas,
E como, o vento, em ti vagueavam,
Entre montes e vales, condenadas,
Com o prazer as graças semeavam.

Sentimos o crescente arquejo,
Aprisiona-nos o ardente desejo,
Nosso amor não murcha, não cansa,

A lava que de paixão nos queima,
O laço poético nos corpos rima,
O quadro pintado de esperança.



Foto de:
Gavin O'Neill

quarta-feira, julho 12, 2006

O nosso amor.

Reflectindo na pele, teu rio sua,
Teus olhos gritam, boca crua,
Teu corpo em pedaços, toda nua,
Fragrâncias de luz fogem da lua.

De luz adornando tua silhueta,
Líquida história te desenha,
Louca te percorre como uma seta,
Cobrindo-te de forma estranha.

Luz traquina de espelho partido,
Nas águas reflectem esse teu rio,
Meu corpo vibrante, enlouquecido,
Salta sobre o teu escorregadio.

E por um momento o mundo pára.

A lua cega pelo brilho solar,
Nem os passarinhos a chilrar,
Nem o vento feroz a assobiar,
Apenas tu sobre meu abraçar.

A Lua testemunha cega no alvor,
Ouve a exuberância da existência,
De dois corpos dançando no calor,
Da mais bela tórrida noite d'amor.



Foto de:
Ralph Man

terça-feira, julho 11, 2006

Noite de luar

A noite evoca o sentimento,
Lembra-me meu amor na janela,
Leve como o toque do vento,
Cheirosa, decotada e bela.

A pele sobre o luar a brilhar,
Longe tocava uma bela sonata,
Por esse amor só queria gritar,
Era minha bela chuva de prata.

Os olhos fecham lembrando-a ainda,
E o vento à minha amada cheira,
Quando a lua, como ela, se faz linda.

Oh! Pobre Lua, não fiques com ciúme,
Mas é o vento, este amigo traquina,
Que consigo traz um antigo perfume.



Foto de:
Pascal Baetens

segunda-feira, julho 10, 2006

O Falso amor é tormento.

Sobejamente saboreia,
Sozinho em silêncio,
Sonhador sem semente,
Sente o sorriso.

Solitário e sombrio.
Sendo seu senhorio.
Senhor sem sensações,
Sentimentos sinistros.

Somente sofrendo,
Saudade saqueada,
Sensualmente a serpente,
Satisfaz o seu sofrer.

Sem ser socorrido,
Seu ser simplesmente,
Sequer sobreviverá,
Sustentando o sonho.

Sangrando até secar,
Sobre o solo servente,
Silenciado na sombra,
Sob a serra serena.

Sepultado sem sorte,
Só na solidão...



Foto de:
More Altitude's

domingo, julho 09, 2006

Apenas por um momento - II

Se por um momento eu tivesse,
Um controlo remoto universal,
Meu infortúnio seria benesse,
E toda a vida circunstancial.

Poder parar no momento certo,
Fragmentos preciosos de vida,
Os bons momentos a descoberto,
Os maus jamais seriam ferida.

Andar para trás quando errado,
E para frente se não interessa,
Como seria bom ter esse aliado.

Aperto Pausa quando é frenesim,
Ou no Standby se cansado ficar,
De volta ao Play, se no camarim.




Foto de:

Redjar

sábado, julho 08, 2006

Louco por ti

Testando sempre minha lealdade,
Meu corpo é teu, e minha vontade.
O desejo que me invadas com amor,
Nas línguas envolvidas com furor.

Minha fome por ti, é insaciável,
O teu sexo por mim muito rogado,
Minha sede por ti inimaginável,
O meu desejo em ti enclausurado.

Escorrendo em prazer ilimitado,
Anseia minha alma sempre ardente,
Nossos corpos em delírio acoplado,
Explodem num orgasmo plenamente.

Meu sangue por ti corre louco,
Minha alma por ti se incendeia.



Foto de:
BJÖRN OLDSEN

sexta-feira, julho 07, 2006

Amor sem dor

Existe algo maior que o amor?
Algo tão grandioso sem essa dor?
Junto ao abismo tão intensamente,
Me perguntara idealisticamente.

Misericordiosissimamente,
O vento me sussurrava assim.
Maior que o amor contundente,
Só o amor sem grande frenesim.

Esse amor na complementaridade,
Com naturalidade por aí existe,
Graciosamente vence a brutalidade,
Muito raramente o deixará triste.

Olha, e descobrirás na amizade,
Esse 'amor', essa grande verdade.



Foto de:
Rui Bonito

terça-feira, julho 04, 2006

Bela Fenda...

Alguêm que não Eu um dia disse...
"O homem leva nove meses a tentar sair de um buraquinho, e passa o resto da vida a tentar entrar de novo nele."
E por concordar, deixo aqui meu testemunho...


Por sua grandiosa nobreza,
Por ser a Fonte de vida,
Eu agradeço concerteza,
Em mim ter sido envolvida.

Essa bela Gruta da Natureza,
Esse belo Espaço de lazer,
Transforma o mole em dureza,
Sendo a maior fonte de prazer.

Essa bela Fenda sempre honrada,
Pois ninguêm com seu labuto,
Tenha ocupado muito ou nada,
Raramente escapa sem tributo.

Aqueles que não o têm fiel,
Podem sempre se prostar,
Provando seu maravilhoso mel,
Não terão nada a reclamar.

Para muitos pequeno jardim,
De preferência nunca plantado,
É mais procurado que Marfim,
Pois o primeiro não é superado.

A História nunca encerra,
Nessa bela e vistosa covinha,
Seja de Rainha ou da vizinha,
Ainda é causa de muita guerra.

Seja de amor ou de apaixonado,
É para muitos um fruto endiabrado,
Seja de pé, de quatro ou sentado,
Todos querem o seu bem plantado.



Foto de:
X. Maya

Apenas por um momento

Sim, apenas por um momento,
Se a coragem tivesse tido,
De revelar meu sentimento,
Nosso amor teria vivido.

Sim, apenas por um momento,
Se pudesse atrás voltar,
A vida teria novo alento,
Por meu amor se manifestar.

Sim, apenas por um momento,
Pudesse esquecer este lamento,
Pudesse viver sem sofrimento,
Nosso amor teria um rebento.

Sim, apenas por um momento,
Queria que tudo fosse correcto,
Pudesse ao amor fazer o juramento,
Para o futuro não percorrer incerto.

Sim, apenas por um momento,
Eu ter-te-ia então amado,
E contigo elevar-me-ia decerto,
Meu grande amor imaginado.




Foto de:
M. Lima

domingo, julho 02, 2006

Amar-te noite dentro

Puxo-te contra mim, a noite dorme,
Lindos morangos coroam teus seios,
Encontram-se rígidos e têm fome,
Minha boca os alimenta sem receios.

Quem será prisioneiro de alguém,
Nas suaves carícias já embriagadas,
Onde tua mão sequiosa vai mais além
E tua boca se perde em encruzilhadas.

Tudo me causa um voluptuoso frémito,
O clarão de prazer acorda a noite,
E na estreita senda de prazer permito,
Que como tu também a noite se afoite.

Minha coxa entre as tuas a certa altura,
Sinto-te agitar agora com mais violência,
Cedes-me passagem cercando minha cintura,
A noite testemunha nossa existência.

Fazes atingir o último grau de prazer,
E eu não quero parar sem te satisfazer,
Nem que de novo a noite tenha de refazer,
Só para te ver contorcer e ouvir gemer.





Foto de:
Gavin O'Neill