terça-feira, outubro 23, 2007

Sinto a tua pele nua, e por ela suspiro


Foto de Edna Medici

Sinto a tua pele nua, e por ela suspiro,
E sob a luz da lua, sinto em mim a loucura,
De quem vê tanta ternura em teu retiro,
Que nem a morte traria para mim a cura.

Em cada afago, corre lava de veia em veia,
Queimando por breves momentos, os tormentos,
E este meu corpo que o teu tanto anseia.
Transforma em luxúria todos os lamentos.

O teu corpo infinitamente delicado implora,
Homenagens, que minha boca assim explora,
Na súbita explosão do nosso querer,

Bebemos nossos corpos já embriagados,
E dessa dança rolamos extasiados,
Queimados das chamas de prazer.