quarta-feira, setembro 04, 2013

Sinto em mim, suspiros de mocidade,

Sinto em mim, suspiros de mocidade,
E nesse sopro, engano a realidade,
Sem mágoa, sinto o vento da saudade,
Hoje encarcerada, outrora em liberdade.

Já não tenho tantos diamantes
Troquei-os por sôfregos instantes,
Em lindos amanheceres e tardes saudosas,
Cheiro de capim e orvalho, amor e rosas.

Poucos dissabores carrego, todos com ternura,
Isto de grandes amores pouca gente segura,
Sinuoso o caminho nesta esfera vasta,
Mesmo que desfaleça, tenho tudo o que basta.

Apenas alguns lamentos que não são mesquinhos,
De momentos proveitosos que não foram caminhos.

Marco Magalhães

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