Sinto em mim, suspiros de mocidade,
E nesse sopro, engano a realidade,
Sem mágoa, sinto o vento da saudade,
Hoje encarcerada, outrora em liberdade.
Já não tenho tantos diamantes
Troquei-os por sôfregos instantes,
Em lindos amanheceres e tardes saudosas,
Cheiro de capim e orvalho, amor e rosas.
Poucos dissabores carrego, todos com ternura,
Isto de grandes amores pouca gente segura,
Sinuoso o caminho nesta esfera vasta,
Mesmo que desfaleça, tenho tudo o que basta.
Apenas alguns lamentos que não são mesquinhos,
De momentos proveitosos que não foram caminhos.
Marco Magalhães
Sem comentários:
Enviar um comentário