Quando o meu Eu se entrega à peregrinação,
Viajando pelas ruas da vida vestida de calçadas
Redescubro odores e sombras petrificadas.
Imaginários mortos, vestidos a rigor,
Outrora donos de um grande vigor,
Murmuram ecos de grandes ilusões
Que se dissipam nas presentes visões.
Sinto o cheiro daqueles incensos puros,
Quando me abrigo nos teus olhos escuros,
Transformam o instante em eternidade
E todo o sentir num mar de saudade.
Porque me rodeias assim de rompante,
Se não te tenho nem por um instante.
Apenas uma vaga sombra na memória,
Mas isso agora, é outra história.
Marco Magalhães
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