
Foto de Oscar Lozoya
Desventurados aqueles que vagueiam
Sem lar, tendo estrelas como tecto,
Esmola escassa, que tanto anseiam,
Não é dinheiro, buscam sim afecto.
A sombra da noite cobre-lhes a alma,
Esconde mil tormentos, indiferentes
Os transeuntes que com toda a calma,
Fingem que seres não estão presentes.
E nesta guerra nocturna, Olhos vagos,
Perscrutam o horizonte, mas perdidos,
Por não mais acharem o simples afago,
Que outrora lhes animava os sentidos.
Quando a noite cai, neste desgosto,
Têm por momentos lágrimas no rosto.
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