
Foto de Carlos Pereira
Grito de dor por me achar metade,
E da perda morre-se-me os sentidos,
D'amor, confiança, até a saudade,
Se perde na companhia dos vencidos.
Não mais carrego em luz a idade,
Mas o fardo que vai escurecendo.
Jaz já metade de minha claridade,
O tempo, o que resta vai comendo.
Zarolho que sou, não mais acerto,
Nem um sopro dessa meia, nem ais,
Tão pouco essa sombra esquecida.
Música minha, vida em desconcerto!
O que me cantas quando assim olhais?
Roubas-me a alma matando-me a vida.
3 comentários:
Ola Marco
Continuas a apresentar trabalhos de composição de poemas e imagem e de uma qualidade admirável e extraordinária!...
A lucidez e franqueza das palavras,
a claridade dos sentidos,
as imagens certas e adquadas...
Deixo beijo suave____Maresi@
Metade é sempre metade. Beijos. Bom fim de semana.
Muito bonito aquilo que escreve,é um grito da metade.
Tenha um bom fim de semana, junto dos seus.
Um abraço.
ZezinhoMota
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