
Foto de Miguel Delgado e Silva
Estou que nem posso, com certeza,
Nem nada me prende, nem grandeza,
Neste mundo tudo sempre me cansa,
Um enfastiar, mesmo na lembrança.
E nesta segurança sendo duvidosa,
Que a aliança da vida é vaidosa,
Num lanço em espiral me lanço,
Falta a sorte, que foge ao tanso.
Que cansado da vida deambulava,
Mas por tanso ser se encontrava
No princípio do fim do meu lanço
Sustendo o peso do meu balanço.
Longos os momentos a que sujeito,
O sujeito que estragou o meu feito,
Mas o cansaço assim me conforma,
De morrer há-de haver melhor forma.
4 comentários:
Passo e como sempre fico agradado pela beleza e qualidade deste blogue «que sustenta o peso do meu balanço», como diz o poema.
Bom jogo de palavras. Às vezes algo invisível nos sustém...beijos.
Morrer de amor por exemplo .. :)
Estive no seu outro espaço: Pensamentos & Fotos in White. Gostei muito e deixei um comment.
Com certeza voltarei porque há muito a ser lido.
beijos
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