sábado, junho 17, 2006

Memórias

Onde se encontra a minha lembrança,
Dos dias felizes em que era criança,
Onde terei escondido essa herança,
Guardada para dias de pouca esperança.

Actos tresloucados sem peso e medida,
De tórridas noites de juventude,
Desse sabor de mulheres com atitude,
Das aventuras audazes mil vezes repetida.

Pensamento solto que vai e volta,
Vai e volta como um turbilhão.
Fazendo do silêncio uma revolta,
A revolta que dilacera meu coração.

O silêncio gemendo infinitivamente,
Transformando o pensamento em dor,
Das artérias o sangue ardentemente,
Vai queimando as memórias de cor.



Foto de:
Carguin

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