segunda-feira, abril 24, 2006

Amor

Não vou falar de amor,
faz tempo que perdi seu sabor,
Vou antes falar de humor,
pois é suave e não traz dor.

Faz tempo que procuro essa dor,
e o tempo o me tem dado?
Não, antes ficasse calado,
Nada, só me resta o clamor.

Mas como se clama por amor?
Como se reclama o desconhecido?
Essa chama, esse ardor, essa dor.
Por quem eu luto por ser merecido.

E o tempo passa por mim esquecido,
Esse sabor de alegrias escondido,
fez de mim peregrino perdido,
procurando uma sombra sem sentido.

Sim, faz tempo que perdi seu sabor.
E o tempo passa por mim esquecido,
Não vou falar de amor,
não é suave e traz dor.

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